O Monsters of Rock 2025 entrou para a história ao celebrar 30 anos de festival com um line-up repleto de lendas do heavy metal.

Mesmo com a forte chuva que caiu em São Paulo, o evento manteve a energia em alta.

Scorpions, Judas Priest e outras bandas veteranas entregaram shows memoráveis, que misturaram nostalgia e potência sonora.

O festival, realizado no Allianz Parque no último sábado (19), atraiu uma multidão de fãs apaixonados, que encararam o clima instável sem perder o entusiasmo. De forma surpreendente, foram justamente as bandas mais clássicas que incendiaram o palco e roubaram a cena, mostrando que o metal segue vivo e rugindo alto.


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Scorpions e Judas Priest dominaram a noite do Monsters of Rock

Mesmo com a estrutura do evento sendo mais conservadora do que ousada, o Monsters of Rock, entregou grandes momentos. A chuva serviu como trilha dramática para apresentações poderosas.

O Judas Priest fez o que sabe de melhor: despejar peso e atitude. Com Rob Halford desfilando sua presença de palco inconfundível, a banda cravou um dos shows mais fortes da noite.

A performance começou com a agressiva “Panic Attack“, que muitos do público ainda não conheciam. A banda preferiu arriscar, deixando de fora sucessos como “Screaming for Vengeance” e “Metal Gods“.

Em troca, entregaram raridades como “Devil’s Child” e “Riding on the Wind“, além da controversa “Turbo Lover“, com seu clima mais hard rock farofa — provando que até os veteranos sabem como provocar reações no melhor estilo “ame ou odeie“.

Logo em seguida, o Scorpions trouxe seu rock direto, com Klaus Meine comandando um setlist recheado de sucessos como “Wind of Change” e “Rock You Like a Hurricane”. A plateia, molhada, mas empolgada, acompanhou em coro.

Shows que emocionaram o público

Queensrÿche

Após mais de dez anos sem tocar no Brasil, o Queensrÿche subiu ao palco do Monsters com uma parede de amplificadores Marshall e muita presença de palco.

A banda entregou uma performance poderosa, onde a música falou mais alto. O vocalista Todd La Torre brilhou com naturalidade, especialmente ao executar com perfeição a sequência de “I Don’t Believe in Love”, “Warning” e “The Needle Lies”, deixando claro que o público não sentiu falta do antigo vocalista, Geoff Tate.

Durante “Eyes of a Stranger“, La Torre ainda registrou a plateia com seu celular, mas deixou no ar o mistério: por que não tocaram “Jet City Woman” e “Silent Lucidity”, os maiores sucessos da banda nos anos 1990? Essa ousadia de deixar hits de fora se repetiria ao longo do festival.

Savatage

E se o Queensrÿche emocionou, o Savatage foi além. Escolheram o Brasil como palco para o retorno após uma década afastados, e não decepcionaram. Zak Stevens, em excelente forma, comandou um setlist com clássicos como “Jesus Saves”, “Chance” e “The Wake of Magellan“. A emoção foi tanta que muitos fãs se deixaram levar pelas lágrimas.

Em certo momento, Stevens chutava bolas de futebol para a plateia enquanto uma fã invadia o palco, em um momento tão caótico quanto memorável.

A catarse coletiva veio com “Believe“, acompanhada por um emocionante dueto virtual com o fundador da banda, Jon Oliva, que não pôde viajar ao Brasil por questões de saúde. Já o tributo ao falecido guitarrista Criss Oliva, irmão de Jon, completou o momento mais tocante da noite para os fãs do metal.

Europe

Já o Europe, entregou um show mais pesado. A banda que deu uma pausa de 11 anos e voltou aos palcos no início dos anos 2000. No Monsters mostrou versatilidade ao revisitar seus clássicos com novos arranjos.

A canção “Superstitious“, por exemplo, ganhou uma pegada mais pesada e surpreendeu ao incluir um trecho de “No Woman No Cry“, de Bob Marley, em seu final. “Ready or Not” se destacou pelo reforço da segunda guitarra de Joey Tempest, enquanto “Walk the Earth“, do disco de 2017, evocou referências diretas ao som épico de “Kashmir“, do Led Zeppelin.

Hits como “The Final Countdown”, “Carrie” e “Cherokee” mantiveram sua força com a voz inconfundível e o carisma de Tempest, os solos afiados de John Norum e os teclados cativantes de Mic Michaeli, que mesmo com pequenos deslizes, continuam sendo peça-chave da identidade da banda.

Enquanto isso, a organização apostou em uma experiência direta, sem grandes inovações tecnológicas ou visuais. No entanto, o que faltou em ousadia foi compensado em entrega musical.

Para os fãs, contudo, a chuva virou parte da memória afetiva, quase um “batismo” para quem viveu o Monsters. Seja pela primeira vez ou retornou após outras edições e falando nisso, temos uma matéria completa relembrando momentos marcantes do Monsters of Rock.

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Imagem destaque: Monsters of Rock 2025. Reprodução.

Gabi Vieira http://doisminutos.com

Trabalhar na comunicação, sempre foi um sonho e, desde então, passei a escrever sobre minhas paixões: músicas, festivais, filmes, séries e games. Além do Jornalismo, fiz diversos cursos, me tornei roteirista e no Dois Minutos, espero informar e divertir você!

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