A Cidade da Música viveu uma noite histórica neste domingo (7), durante o segundo dia do The Town 2025. Aproximadamente 90 mil pessoas compareceram para acompanhar uma programação com: Green Day, Bad Religion, Bruce Dickinson, Capital Inicial e o retorno de Iggy Pop.

Green Day assume o palco com energia, rebeldia e críticas políticas


Green Day no palco do The Town. (Imagem: reprodução/thetown)


No Skyline, o Green Day fez o público vibrar com sucessos que marcaram gerações. Billy Joe Armstrong não só incendiou a arena com clássicos como “American Idiot” (com adaptação para “agenda MAGA”), como também trocou “Califórnia” por “São Paulo” em “Holiday” — um aceno direto ao momento político local. O ápice veio quando o vocalista criticou abertamente Donald Trump e Tarcísio de Freitas, ao chamar ambos de “bastardos fascistas” em um grito coletivo de repulsa. Antes de encerrar com “Feliz Dia da Independência, Brasil”, demonstrou reverência ao país ao erguer a bandeira nacional ao vento.

A banda também prestou uma homenagem ao Black Sabbath, banda em que Ozzy Osbourne fez parte, tocando a introdução de Iron Man.

E como tem acontecido em todos os shows da turnê do Green Day, uma fã foi chamada ao palco para cantar ” Know Your Enemy”.

Rock de atitude e brasilidade

  • Bad Religion trouxe sua energia punk californiana com “21st Century” e “American Jesus”.
  • Bruce Dickinson cativou com técnica vocal e entrega em uma apresentação emocionante, resgatando “Flash of the Blade” após 41 anos. O público — como Silvia Marina, fã surda que reconhece os shows pelas vibrações — curtiu cada nota.
  • Capital Inicial começou com garra tocando “Natasha”, “Quatro Vezes Você” e “Primeiros Erros”, conquistando o coração do público desde a abertura.

Outros palcos também respiraram rock, cultura e inovação

  • The One foi palco do retorno triunfal de Iggy Pop, o ícone eterno do rock. Aos 78 anos, o artista não poupou energia em clássicos como “Funtime”, “The Passenger” e “I Wanna Be Your Dog”.
  • O rock nacional brilhou com Pitty, CPM 22 e Supla & Inocentes, reforçando a força e diversidade da cena brasileira.
  • No Factory, Tihuana arrastou o público com seu rock/hardcore e um pedido de casamento inusitado; Buhr apresentou repertório experimental e político; Ready to Be Hated e The Mönic convida Raidol levaram intensidade e modernidade ao palco.
  • O Quebrada destacou a cultura periférica com Black Pantera (hardcore e thrash), e Punho de Mahin & MC Taya trazendo grooves com rimas. A Superliga de batalhas de rima segue com semifinais já definidas para o último dia do festival.
  • A São Paulo Square virou clube de jazz ao ar livre com Kamasi Washington, a Orquestra Mundana Refugi e a Square Big Band, além da voz marcante de Clariana, em tributo à Amy Winehouse.
  • A The Tower Experience fechou a noite com o duo Cat Dealers, com set eletrônico e dancefloor que uniu todo mundo.

Público avalia o The Town com nota alta

A pesquisa GfK mostrou que o primeiro dia do festival alcançou nota 8,9 na experiência geral. Destaques incluem Skyline (9,1), segurança, circulação, banheiros, bares e limpeza — e o Quebrada, novidade desta edição, conquistou nota 9,0, consolidando sua importância na programação.

Continue acompanhando o Dois Minutos!

Gabi Leonna http://doisminutos.com

Atuo no jornalismo desde 2022, desde então, escrevo sobre minhas paixões: músicas, festivais, filmes e séries. Aqui no Dois Minutos, espero informar e divertir você!

Posts relacionados

Matérias do autor

+ There are no comments

Add yours